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Para reconhecer mentiras
Se você acredita que quem tenta enganar alguém sua frio e evita o olhar do interlocutor, surpreenda-se: esses estereótipos raramente são verdadeiros
por Marc-André Reinhard
© stester/shutterstock
Para reconhecer engodos, sinais acústicos são mais eficazes que informações visuais: as pessoas costumam diferenciar de forma mais nítida as mentiras quando ouvem a declaração duvidosa com atenção, em vez de observar o outro
[continuação]

Se os participantes assistiam a um vídeo sem som, a cota de acertos eram apenas aqueles 50%, obtidos também por adivinhação. Mas se durante a exibição das imagens eram apresentadas as vozes correspondentes, a cota de acerto de seus julgamentos aumentava para 54%. Mais uma vez, nada assombroso, mas de qualquer forma, havia uma alteração estatística. O que de fato surpreendeu os pesquisadores foi que o resultado não foi pior quando somente o som foi apresentado sem imagem. Ou seja: quem se concentra apenas no comportamento não verbal do outro reduz suas chances de desmascarar um mentiroso. Aparentemente, nossos olhos se deixam enganar mais facilmente e, no final das contas, contribuem pouco para a descoberta de afirmações falsas.

Por isso, vale a pena prestar atenção principalmente no que uma pessoa diz, ficando alerta, por exemplo, para possíveis contradições. Especialistas afirmam que os mentirosos contumazes são, em geral, pouco plausíveis e lógicos. Além disso, raramente admitem que tenham de corrigir sua descrição ou que não consigam se lembrar de algo – para “encobrir os brancos da memória” eles simplesmente inventam informações. Se a pessoa ainda parece nervosa e fala em tom mais alto do que o de costume, então devemos ter cuidado: ela tem grandes possibilidades de estar mentido. Os estudos avaliados por Bond e Bella também revelaram que vários participantes conseguiram reconhecer as declarações falsas de forma mais clara quando o mentiroso foi pego de surpresa e não teve tempo de planejar o que diria. Por isso, cobrar explicações imediatas pode desmascarar um potencial discípulo do Barão de Münchhausen.

Na opinião do psicólogo Aldert Vrij, pesquisador da Universidade Britânica de Portsmouth, uma boa estratégia é fazer a pessoa da qual desconfiamos que esteja mentindo falar o máximo possível. Nesse momento ela precisa pensar rapidamente e corre o risco de contradizer-se. E quanto mais ela falar, mais difícil será para ela controlar tanto o conteúdo do que diz quanto o próprio comportamento. Portanto, pedir para que repita trechos do que foi dito também costuma ser eficaz para detectar brechas nos discursos. “Essa técnica de interrogatório, muito conhecida de romances e filmes policiais, revela-se, de fato, sensata”, observa Vrij                                                                                                          continua
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